Me desnuda os poros
Me frangalha os nexos
Me polui o sexo
Tu, pompuda
Me invade
Me constrange
Me aguça
Ai de ti
Em teu silêncio inerte
Ai de mim
Que me calo em febre
Ai de nós
Que não sabemos um do outro
E caminhamos sós
Me desnuda os poros
Me frangalha os nexos
Me polui o sexo
Tu, pompuda
Me invade
Me constrange
Me aguça
Ai de ti
Em teu silêncio inerte
Ai de mim
Que me calo em febre
Ai de nós
Que não sabemos um do outro
E caminhamos sós
O centro da cidade
Abstrai seu coração de concreto
Em seu círculo vicioso
De ângulos retos
Pessoas se perdem nas esquadrias
De suas vias
De nomes pomposos:
“Marechal Não Sei das Quantas”
“General Etecetera”
”Fulano de Tal”
“Beltrano”
Os revolucionários não dão nome
Às ruas
Pois passam por elas
Movidos por algo maior
blog em parceria com pessoas que se comovem com... ouvem! Um registro sem compromisso de tudo aquilo que me toca citar, um respiro (in)tranquilo para os modos de olhar, um (re)tiro no escuro para se-me-nos escutar, mesmo sabendo que nem tudo está aqui ou em qualquer lugar, mesmo sabendo que nem nós estamos aqui e que o aqui pode ser um não-lugar. Sinta-se em casa, no seu modo-sala de estar...