quinta-feira, 7 de setembro de 2006

“Amor Constante”

Amor é como amoras que caem do pé sem que possamos controlar sua queda. Vai e vai e vai... Não pára nunca mais de cair, pois nunca começou. Pense num pé de amoras que brota infinitamente, manchando todos os dias o solo com sua tinta-fruta-cor-vermelha-escura. Escudo de quem ama é o próprio sentir-se amando. Amar é ainda melhor do que ser amado. Amar não pede nada, só dá... Dá... Dá... Amar é um ato de liberdade do próprio ego. É livrar-se da falsa sensação de que se é algo de importante sem outrem. Amar transborda e contagia. Só quem ama confia. E só quem ama é de confiança. Amor é pedra bruta cuja labuta do tempo faz valer toda a esperança. Todas as esferas do universo amam infinitamente. São movidas pelo amor. Sejam elas planetas, estrelas, olhos de pássaros em movimento. No amor vivo e fluo como o vento que vem sem norte e carrega consigo toda a sorte de quem um dia soube o que é o amor, pois o sentiu fremente em si. Eternamente seu. Assim sempre será o amante: Um ser constante no ato de amar.

domingo, 3 de setembro de 2006

Quanta limitação!

Um vulto de pensamento do cílio do sopro do olho esquerdo de Deus. Isto é a existência. A desistência permanente de ser ou não ser isto ou aquilo não nos leva a lugar algum. Nenhum de nós pensa de verdade. Conceber o pensar é algo inatingível. Atingir qualquer concepção cabível, nos é totalmente execrado dos modos de produção (mental, emocional, espiritual). Entender é aproximar-se da ignorância. Subentender é o que de mais sublime podemos fazer, mas para isto, precisamos de outra mente-corpo-espírito intangível. Intransigência é o que permeia toda produção mental humana. Pensar como as flores deve ser bom. Bom como ser fruto. Eu, ser humano bruto, luto contra a incapacidade de ir além do que considero além. Quanta limitação senhor... Quanta limitação!