sexta-feira, 4 de agosto de 2006
Tambor sem pele não, Tambor de pele nova!
Caiu a pele do meu tambor, junto dela, caiu minha pele também. Meu tambor veio da África e parte de mim também veio de lá, de tão longe que foge ao olhar. Ao sangue, à atitude e à consciência, jamais! Meu tambor é tocado por muitas pessoas. Eu não sou tocado por ninguém, há tempos. Temos (meu tambor e eu) uma ligação de origem em Nação, portanto, somos uma espécie de irmãos. Senti a dor de meu tambor ao perder sua pele e o acalentei dizendo que esta pele já lhe prestou o serviço que devia e que agora outra pele nova e revigorada viria e lhe possibilitaria o som, que é seu motivo de existir. Ele disse o mesmo pra mim. Aprendi a trocar de pele observando a serenidade de meu tambor com e sem sua sonoridade. Aprendi a tocar sua pele, permitindo que a dele tocasse a minha e que nossas almas se tocassem ambas, ambíguas, binárias, siamesas, Secretas. Ao longe ouço seus toques-de-longe a me acalentar. Seu som, que é o motivo de sua existência, o acompanha sempre, mesmo quando parece nada tocar. Assim sou eu meu tambor. Mu-dança: um dança na an-dança da gira do mundo. Este um sou eu, eu-som. Trocar de pele pede sede de virada. Sábio instrumento de Poder, me vire do avesso e me faça saber tanto quanto você. Vamos nessa Erê. Trocar de pele é se re-erguer|reiro-nato|!
domingo, 30 de julho de 2006
Papeando com a mente
Me diga a verdade, mas somente ela: Semente sem mentira da Nova Era. Me diga: O que é que estou fazendo aqui se não faço nada? Tudo bem... Nada é pouco demais. Faço um pouco... Nada de mais, apenas algumas atidadezinhas sem grande merecimento, algumas coisas frias, cinzas e pesadas como o cimento. Até sinto prazer (as vezes!). Quando sinto meus magros ísquios no chão, me lembro do que sou feito e me sinto feio, frágil e tolo. Mas também me sinto bem, vai do dia sabe? Saber o dia é coisa tão rara que só de pensar já vira segredo. Coisa assim a gente não divide, não tem jeito! É uma questão de... Uma questão de... Ah! Já sei! É uma questão de merecimento sem merecer! Entendeu? Então... É isso aí. De resto não sei de mais nada, nem do que sei quero mais saber. Saber cansa quando se faz isto de maneira consciente. É preciso ter a consciência tinindo para não andar por aí mentindo. Para andar sorrindo então, viche! É preciso ser consciência retinida o tempo todo! Os músculos do rosto não se cansam quando sorriem muito de verdade o tempo todo. É uma questão de... Uma questão de... Você já entendeu não é? Então é isso aí... E não é dessa coisa toda que somos feitos afinal. Pois é...
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